sexta-feira, 13 de agosto de 2010





Todos os dias morre um amor.
Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor.
Às vezes de forma lenta, quase indolor, após anos e anos de rotina.
Às vezes morre como nas piores novelas mexicanas, com direito a gritaria, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos.
Morre numa cama de hotel ou à frente de uma televisão num domingo.
Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios.
Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, beijos que esfriam aos poucos.
Morre depois de um mês de ferias, apenas morreu...

Morre da mais completa e letal " " inanição " - segundo a medicina, é um estado em que a pessoa encontra-se extremamente enfraquecida, por falta de alimentos ou por defeito de assimilação dos mesmos. Também foi usada como método de pena de morte onde o condenado é deixado, de alguma forma, ao abandono e sem alimentos. "

Todo dia morre um amor. Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro.
Todo dia morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria que na prática, relutemos em admitir.
Porque nada é mais doloroso do que a constatação de um fracasso. .....
De saber que, mais uma vez, um amor morreu,porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa.
E esta é a lição: amores morrem mas eu sofro...
Por isso apetece-me dormir... Dormir, chorar ou até mesmo ter o meu ultimo suspiro de viver para poder morrer...
Não por medo de sofrer, mas sim com medo o que esse sofrimento me tornou...