domingo, 21 de outubro de 2007

Oceanos...



Vou dormir na praia dos meus planos
com gestos de ondas furiosas,
abraço o medo, a dor e os desenganos
como se fossem pétalas de rosas...

Com uma vontade imensa de oceanos,
aceito o mar, os rios cautolosos
e inundo o meu reino, e ouço...

ouço sonetos de trovões tempestuosos.

A solidão nas enseadas,
cercadas pelos pântanos da noite,
para escrever luares e jangadas...

Salvar a letra, o verso naufragado
e amanhecer pingado pelo açoite
do olhar que sabe um sonho apaixonado.